LILI MARLENE - filme alemao



Apresentado em versão restaurada e remasterizada, 'Lili Marlene' tem quase uma hora de extras, incluindo entrevistas e making of. Ao gravar a popular canção "Lili Marleen", Wilkie (Hanna Schygulla) torna-se a cantora mais famosa da Alemanha de Hitler. Mesmo no auge do fama, não encontra a felicidade, pois vive um romance proibido com Robert (Giancarlo Giannini), um músico judeu que participa da resistência contra os nazistas. Será que o amor deles resistirá aos tempos de guerra?

Baseado livremente na autobiografia da cantora Lale Andersen, 'Lili Marlene' é um melodrama típico de Fassbinder, no qual o cineasta expõe sua visão irônica da sociedade nazista.

Em Bonn, na Casa da Hitória Alemã, pode-se ver o diário de Lale Andersen, que popularizou Lili Marleen a partir de 1939. Em 1942, por se corresponder com emigrantes judeus, os nazistas a proibiram de se apresentar em público.

Soldado escreveu a letra.
Podem ser vistos também o manuscrito e a partitura original da música, ainda mais antiga do que se imagina. A letra, de Hans Leip, data de 1915. Em plena Primeira Guerra Mundial, o soldado de 21 anos rascunhou os versos num pedaço de papel, pouco antes de deixar sua caserna, em Berlim, para o front. O que o inspirou foi a despedida de um jovem soldado da namorada e de uma amiga, sob a luminária pública (Laterne). As garotas chamavam-se Betty, de apelido Lili, e Marleen.

Mas foram a música, composta por Norbert Schultze, em 1938, e a interpretação de Lale Andersen, no ano seguinte, que transformaram a canção sentimentalista em propaganda de guerra.

A interpretação da diva Marlene Dietrich celebrizou a composição, traduzida para mais de 40 idiomas.
Motivação para as duas frentes
O curioso desta música é que ela foi usada pelos dois lados em conflito. Tratava-se de mais que uma simples canção sobre separação, despedida e incerteza de um dia retornar aos braços da amada. Desde 1942, a propaganda nazista não parava de tocar a música, inclusive na versão em inglês. Os britânicos revidaram com a mesma canção, na interpretação de Anne Shelton, muito popular entre os soldados.

Em abril de 1942, a guerra da propaganda com Lili Marleen chegou a um apogeu: a BBC de Londres divulgou uma paródia antinazista da canção, interpretada pela atriz alemã Lucie Mannheim, que havia fugido da Alemanha. Na estratégica batalha de Tobruk, na costa da Líbia, tanto nazistas quanto aliados ouviam a canção a partir de alto-falantes, instalados na frente de guerra. Também as tropas soviéticas aproveitaram-se do motivo, através de panfletos com apelos aos alemães para que retornassem às suas "lilis".

Entrementes a música virou figura cult e objeto de consumo. A canção já foi gravada por várias estrelas da música internacional, serviu de registro para o nome de uma rosa, de um vinho e serviu de inspiração para o filme de Rainer Werner Fassbinder, com Hanna Schygulla.

Norbert Schultze morreu em 14 de outubro de 2002, aos 91 anos, no Principado de Mônaco. Morreu rico e respeitado: vivia só de direitos autorais de Lili Marlene.

Enquanto sua canção se internacionalizava, Schultze seguia fielmente a ditadura nazista. Compôs canções cujos títulos são bem elucidativos: “Bombas sobre a Inglaterra”, “Rumo ao Leste” e “Tanques rolam sobre a África”.

Já Lale Andersen foi pega com uma carta de um amigo, que pedia sua ajuda para escapar da Alemanha. Foi presa e tentou o suicídio. A BBC noticiou que a cantora havia sido presa, e Goebels fez com que ela aparecesse em público. Lale Andersen tinha de se apresentar semanalmente na Gestapo. (Essa intriga é o coração de “Lili Marleen”, o filme de Rainer Maria Fassbinder).

Quanto ao autor do poema, Hans Leip, durante a guerra ele sempre desligava o rádio às cinco para as dez da noite: não queria ouvir “Lili Marleen”.

Em 1967, Norbert Schultze deu uma entrevista ao “New York Times”. Disse que não tinha remorso por ter colaborado com os nazistas: “Não posso me arrepender de ter escrito todas aquelas melodias. Elas eram uma exigência da época. Alguns atiravam, eu compunha canções”.

Morreram Hans Leip, Lale Andersen, Marlene Dietrich e, agora, Norbert Schultze. Mas, se houver outras guerras, podem contar com Lili Marleen. A canção voltou a fazer sucesso nos anos 50 na Coréia, nos 60 na Argélia e no Vietnam, e recentemente, em Kosovo, foi novamente escutada.

Fonte: dv-world.de

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STALINGRADO - A Batalha Final (Stalingrad - 1993)

STALINGRADO

Este filme, produzido pela mesma equipe que realizou 'Das Boot', retrata uma das batalhas mais sangrentas de toda história, a lendária Batalha de Stalingrado. As forças alemãs, sob as ordens de Hitler de não baterem em retirada e nem se renderem, fizeram com que mais de 2 milhões de russos e alemães perdessem suas vidas - esta carnificina foi o momento mais decisivo na derrota dos alemães, na Segunda Guerra Mundial. Sem tirar nenhum detalhe e revelando toda a realidade selvagem dos combates, o espectador é posto nas trincheiras junto com os jovens soldados, que enfrentaram os elementos mais severos da natureza e as condições brutais das lutas. Considerado, na companhia de clássicos antiguerra como - 'Paths of Glória' (Caminhos de glória), 'Platoon' e 'Apocalypse Now', 'Stalingrado' marca sua presença com imagens que reforçam o antigo provérbio de que... 'a guerra é pior que o inferno.'

Há duas cenas impressionantes no filme.
A cena em que o tenente Hans von Witzland, interpretado por um muito jovem e esplêndido Thomas Kretschmann (que vive fazendo papéis de nazistas no cinema, inclusive o capitão Hosenfeld em "O Pianista") e a  atriz russa que interpreta Irina, Dana Vavrova . Essa cena é tão emocionalmente carregada que deixou os dois atores fisicamente tremendo. Eles executam uma dança macabra brutal que é ao mesmo tempo terrível e fascinante. Esta cena não é mais sobre um inimigo e aquele que foi conquistado. Trata-se de um jovem desesperado para encontrar um momento de humanidade em um pesadelo sem fim e uma jovem mulher que o odeia e ainda não pode resolver sua situação. Que ele é alemão e ela é russa não é tão importante quanto o que eles são - almas em tormento, sem saída. É uma cena de agonia humana.
A outra é a cena final entre Dominique Horwitz e Kretschmann como Fritz e Hans, agarrados um ao outro, oprimidos e miniaturizados pela vastidão do inverno russo. A cena final faz lembrar a marcha de Moscou de Napoleão, em 1812. À mercê do "general inverno", os resultados foram a mesma coisa. Nenhum inimigo pode entrar marchando na Rússia e marchar de volta triunfante.
Começa-se a ver o filme firmemente torcendo  pelos russos e odiando os alemães, mas acaba-se no final lamentando e chorando por todos eles. Essa é a mensagem subliminar deste filme. A guerra é um desperdício - um desperdício de vidas humanas, da propriedade e do foco moral e religioso.


Embora haja momentos incríveis, ao gosto dos aficionados por batalhas, não é um filme de guerra, que celebra a guerra, mas, no fundo, um filme anti-guerra. (Fontes: DVD, IMDb)

Observação: se possível, procurem assistir ao filme pela versão em vídeo VHS, porque é mais completa.Os antigos VHS que ainda circulam por aí contêm mais tempo do que o DVD.
Ao que parece, a edição em DVD em português foi editada com muito tempo a menos do que o filme original. 
Segundo o IMDb, STALINGRAD foi rodado com 134 minutos.  


DVD:


Título original: STALINGRAD
Mídia: DVD
Região: 0
Gênero: GUERRA
Duração: 95 minutos
Volumes: 1
Sistema: NTSC
Formato de Tela: WIDESCREEN 4.3
Sistema de Cor: Colorido
Faixa Etária: 12 anos
Idioma Original: ALEMAO
Legenda: esp - ing - port



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